quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ponto Com

E foi por telefone que eu soube que o meu e-mail era cynthiacastro@zipmail.com.br . E que minha senha provisória era 123456. O primeiro. O primeiríssimo. Pronto, ali começava a minha tardia inclusão digital. Eu tinha um item a mais para colocar no meu currículo. Eu podia mandar e-mail para o meu então affair que morava na Califórnia. Estava feito o estrago.

A responsável por isso foi uma grande amiga, atualmente leitora habitual desse pretensioso bloguitcho. Aliás, foi na casa dela que eu dei o primeiro pulo de susto ao ouvir o sinal do modem discando, lá pelo final da década de 90. Foi ela quem me apresentou o universo virtual, me ensinou a fazer buscas no Alta Vista e me indicou um monte de sites de relacionamentos legais – tudo muito nos primórdios da internet, nada de fotos, de sons, de questionários infindáveis a serem respondidos. Era tudo na mão grande mesmo, a gente tinha que escrever bem pra mostrar que era interessante. Tudo muito misterioso. A imaginação voava alto.

No bate-papo do extinto ZAZ, ganhei não só fluência no italiano como também três amigos do peito: Tino e sua família maravilhosa, Marco e Luciano. Conheci também um maluco que me mandou dez dúzias de rosas vermelhas diretamente da Itália, abalando as estruturas da minha pacata rua, e depois sumiu. Talvez tenha sido alguma jogada de marketing da floricultura, vá saber.

No Almas Gêmeas, conheci de tudo – inclusive o meu ex-marido. Eu não conseguia imaginar onde tanta tecnologia ia chegar. Pior: já não conseguia mais viver sem ela.

No ICQ (ôô), eu passava minhas tardes de sábado conversando com gente que nem conhecia. A Conexão era lenta e caía bastante. Mas continuava sendo interessante, divertido e atual. Vieram o MSN e o Google, mas não me interessava mais tanto por isso nessa época. Minha vida tinha mudado bastante e eu tinha mais o que fazer do que ficar diante do computador por horas a fio. Preferia jogar paciência a conversar no MSN – só me cadastrei há dois anos, by the way. Se estava a fim de falar com alguém, pegava o telefone e ligava. Não tinha mais saco para teclar.

Num domingo ensolarado, depois da praia e na fila do Bom Preço pra pagar a farofa do almoço, vi a reportagem de capa da Veja dizendo que a sensação do momento era o Orkut, um seletíssimo grupo na internet onde só tinha acesso quem recebesse convite de um dos membros. Achei aquilo meio distante da minha realidade. Achei infantil, engraçado, jamais iria fazer parte daquela idiotice. Mas a febre orkutiana empesteou os meus amigos e a cobrança para que eu entrasse veio junto. Lembro, como se fosse hoje, que fiz tudo de maneira inocente, querendo reencontrar aqueles que tinham ficado em algum lugar do passado. Nem coloquei foto, achava desnecessário. Queria falar com as pessoas que tinham feito parte de minha vida, saber como elas estavam, coisa ingênua mesmo. Os meus scraps eram sem noção – lembro da vez em que escrevi algo ultra confidencial para uma amiga e levei o maior puxão de orelha.

Fui instruída por minha irmã a participar de comunidades. Tudo bem, vamos a elas. “Só que tem que ser comunidade grande, Cynthia”. Ah, tá. Não sabia. Lá fui eu refazer os meus cadastros em comunidades. Comunidade que bombava era a que tinha mais de 1.000 membros. Ficava bem na fita. Enfim, regra é regra.

Pouco tempo depois, passei por problemas pessoais sérios e minha relação com o Orkut passou a ser de amor e ódio: ao mesmo tempo em que me fez sofrer ao saber de coisas que eu não imaginava que ia passar, também me fez reencontrar grandes amigos de infância, pessoas que eu sequer imaginava que se lembrassem de mim. Também conheci dois amigos verdadeiros – isso compensou tudo de ruim que vivi.

Hoje eu vejo as coisas de outro jeito, mas voltei a usar os sites de relacionamento para encontrar pessoas – digo pretendentes, paqueras, affairs. Por n motivos, voltei a ser figurinha carimbada em todos eles. Já o Orkut, para mim, é uma espécie de pombo-correio, onde os álbuns mostram o grau de sucesso em algum aspecto da vida do seu dono. Virou prateleira de locadora de filmes de comédia ou de finais sempre felizes. Bom, nesse caso o meu filme está longe de terminar...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ema

Como é um sábado perfeito para você? É quando faz um dia lindo e você pula cedo da cama pra correr ou ir à praia? É aquele que já amanhece o maior toró e você fica o dia inteiro de moletom e meia vagando pela casa? Ou aquele que você faz exatamente tudo o que planejou? Bom, só sei de uma coisa: o meu sábado foi perfeito. Com todas as letras. Letra maiúscula. E ponto final. Aliás, ponto e vírgula...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

33,7


Sempre digo que não tenho nenhum filme, música ou livro predileto. Mas como explicar o que sinto quando ouço O Tema de Lara?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sexo e as cidades e as mulheres

Eu adoro Sex and the City. Desde a primeira vez em que vi, foi identificação total. Passei por pelo menos 75% das situações ilustradas ali. Virei fã e vi que mulher é bicho doido mesmo, seja ela nordestina-cabra-da-peste ou novaiorquina ultra-cosmopolita. Volta e meia eu e um amigo conversamos sobre isso e ele tem uma opinião distorcida sobre a essência da série. O mesmo amigo que me abriu os olhos sobre a eterna discussão se Capitu traiu ou não Bentinho não consegue entender a mensagem implícita nas histórias do famoso quarteto de Manhattan.

Cicarelli até deu uma entrevista dizendo que a vida não era nenhum Sex and the City. Claro que é, fofa. Qual mulher nunca se apaixonou pelo cara errado, nunca ficou em casa num sábado à noite por estar completamente dura ou nunca ficou ao lado do telefone esperando a prometida ligação do fulaninho? Isso não é específico de classe social nem do tipo de vida que você leva. É um mal dos tempos modernos. Temos muito e acabamos com nada.

“Ah, mas em Sex and the City a vida é cheia de glamour, com festas de arromba todos os dias” – mentira. Existem dois ambientes-chave na série: o apartamento de Carrie, nada glamuroso por sinal, de onde ela escreve sua coluna, e o café onde elas se encontram aos sábados pela manhã para colocarem o papo em dia. Vários episódios se passam em lugares comuns, durante o dia, com as meninas fazendo coisas banais. “E o consumismo exagerado?” – ué: até eu, que sou uma Zé Ninguém, já me dei a certos luxos, como pagar uma pequena fortuna por um sapato azul e depois ter que desembolsar o dobro por uma bolsa que combinasse com o dito cujo. É algo que só acontece com executivas bem-sucedidas? Quantas Carries, Charlottes, Samanthas e Mirandas existem no subúrbio de Salvador? Muitas, viu? Cada uma no seu universo, com os mesmo anseios, dúvidas, conquistas e frustrações. Tudo proporcional.

O foco de tudo isso é a famosa crise dos trinta anos em mulheres que chegaram a essa idade sem terem um relacionamento amoroso estável, nada a ver com escolhas entre carreira e amor. O que é retratado é que muita mulher está sozinha porque quer: ou porque não deu bola para aquele colega nerd da faculdade que arrastava um bonde por ela, ou porque achou que aquele cara legal, amigo de um amigo, não seria seu par ideal por ser três centímetros mais baixo do que ela. A forma como o curioso e indecifrável mundo feminino é abordado é que dá o tom da coisa e pouca gente se dá conta disso, eu acho.

Um recado ao meu amigo: te empresto minha coleção inteira e você tira as suas próprias conclusões. Viu?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Balancete

Bom, vejamos o resultado parcial do meu Balanço Geral:

-Envelheci cinco anos em um;

-Emagreci 15 kg;

-Paguei metade das infindáveis dívidas de velhos carnavais;

-Criei um Blog;

-Conheci poucas e boas pessoas;

-Ganhei um cunhado iluminado;

-Reencontrei amigos do peito;

-Conheci pessoalmente um grande amigo do Orkut;

-Vi que quem tem amigo não passa fome;

-Conheci a solidão verdadeira;

-A liberdade também;

-Aprendi muita coisa sem nem ter percebido;

-Menti;

-Fui enganada;

-Namorei muito pouco;

-Revirei muita cova do passado;

-Senti na pele as consequências;

-Aprendi a gostar de coisas diferentes;

-Vi meu cabelo crescer os mais de vinte centímetros que cortei num momento de autopunição;

-Continuo na luta. 

Três amigos tiveram um papel fundamental nessa minha nova etapa da vida: Dé, numa conversa que tivemos pelas ruas de Salvador, andando de moto; Dan, pelo MSN, numa tarde chuvosa de domingo, eu em Salvador, ele em Curitiba; e Aiuina, minha irmã de coração, que tão pacientemente ouviu meus lamentos e me apoiou quando decidi mudar pra valer.

É isso.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Who?

Crise, crise, crise. Não a financeira mundial. A minha, individual. Minha comigo mesma. Minha com meus amigos, que insistem em me tirar de casa nos finais de semana, sem sucesso. Minha com o meu passado, que volta e meia ronda o meu quintal. Minha com o meu presente, que está difícil, mas está mais real do que qualquer possibilidade de melhoras futuras. Minha com o meu futuro, já com a agenda lotada de coisas to do, to change, to forget, to remember. Quem salva a gente numa hora dessas?

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Already?

Pronto, voltei ao normal. Tive uma sexta-feira legal, tomando chocolate quente e conversando coisas da vida com uma pessoa interessante. O melhor da festa é a euforia dos preparativos, sem sombra dúvida...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Looping


Estou feliz. Nem dormi direito. Acordei mais cedo e fiquei rolando na cama. Queria que as horas passassem logo. Estou ansiosa. I have a date tonight. Amanhã eu volto ao normal, como sempre.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Começa hoje


Ciclos, ciclos, ciclos. Sou obcecada por eles.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eletroencefalograma

Não me lembro do último sonho que tive como o de ontem. Claro, com começo, meio e, infelizmente, fim. Coerente. Tudo a ver com os meus mais profundos desejos, com o que está muito bem guardado a sete chaves, no terceiro subsolo à esquerda do meu inconsciente. Mas impossível de se tornar realidade.

Um tio meu, há um ano, nos deixou em pânico ao constatar que estava com um tipo raro de câncer bucal. Semana passada, contrariando todas as estatísticas médicas, recebeu o diagnóstico final: está curado. 

A irmã de uma amiga minha ganhou na Lotofácil: R$5.000,00, mas ganhou. 

Tudo isso é possível na vida, menos o sonho que tive se tornar realidade. Paciência.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

DóRéMi

Hoje eu amanheci sensível. Olhei para o meu chefe e senti tanta pena dele! Uma pena autêntica, dessas que a gente sente quando vê alguma miséria na rua ou na TV. E eu senti hoje isso por ele. Senti também pena dos meus colegas, dos outros chefes, do porteiro, da copeira, de todo mundo. Minha irmã tão feliz no Gtalk e eu sentindo pena do mundo. É capaz de eu dar esmola ou de comprar pano de prato de alguma criança na esquina. Amanhã eu volto ao normal.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Calçada da Fama

Eu sempre acho que alguém é parecido com alguma celebridade. Nem que seja de longe e no escuro, eu dou um jeito de encontrar um referencial no mundo artístico. Fica até mais fácil quando eu vou contar algum caso: "Menina, ele é a cara de Lázaro Ramos, só que um pouquinho mais velho" e por aí vai.

Tenho algumas amigas míopes que já provaram ter essa mesma mania minha; uma me confessou, meio que sem jeito e escolhendo as palavras, que não podia ver Angélica que lembrava de mim. Só se for por causa da similaridade entre as contas bancárias e cor dos olhos. 

A outra disse que sou a cara de Simony. Sem comentários. 

Uma terceira disse que tenho um quê de Giovanna Antonelli, principalmente quando ela faz cara de indignada. Acho que é porque essa minha amiga me adora e queria deixar meu dia mais feliz.

Mas o que será que nos leva a fazer tais relações? Eu tenho amigas Julia Roberts, Carolina Ferraz, Lizandra Souto, Cristiana Oliveira. Elas têm a mesma reação que eu quando sou comparada a alguma beldade: "Queria eu, Cynthia, ser parecida com fulana de tal!", e dizem que a minha imaginação é fértil. Pode ser. Mas que parecem, parecem.

Inocência

- A sua obviedade te estraga. 

 - Pensei que fosse só a minha ansiedade...

Lema


Sangue Latino
Ney Matogrosso


Jurei mentiras
E sigo sozinho
Assumo os pecados
Os ventos do norte
Não movem moinhos
E o que me resta
É só um gemido...
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa...
Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo...
E o que me importa
É não estar vencido
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu até que tento...



"Life isn't about waiting for the storm to pass; it’s about learning to dance in the rain"

--Anonymous--

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ECT

Desde que aprendi a ler, minha vida era mandando carta. Adorava escrever, fazer um desenho no final e assinar embaixo. Achava o máximo poder assinar alguma coisa. Depois eu dava para minha mãe revisar e ver se estava tudo dentro das normas da ABNT. Na verdade, ela me dizia se alguma coisa estava soando legal ou não e eu sempre fazia mais de uma até o veredicto final. Minha mãe era uma espécie de copydesk das minhas ingênuas cartinhas.

Mandei milhares delas para Os Trapalhões, Bozo, Turma do Balão Mágico e Clube do Mickey. Nem me importava em não ser sorteada. Só em saber que o que eu escrevera com tanto capricho estava naquela montanha, era o suficiente para mim. Minhas cartas eram importantes!

Ganhei um bloquinho que vinha com uma caneta super estilosa, com estampa do Snoopy e sua turma. Ganhei também a Gordinha da Sorte, uma caneta vermelha com ponta porosa e tinta preta, com a foto e assinatura de Didi, o meu preferido do quarteto, presente da minha também Tia Didi.

Já adulta, essa mania fez com que eu mantivesse amizades à distância e alguns namoricos também. Tenho em Salvador uma caixa com todas as cartas que troquei com diversos amigos, algumas delas com fotos, postais, desenhos, orações. A maioria delas começa sempre com alguma desculpa pela letra, talvez a versão da década de 90 para as tão famosas "mal traçadas linhas". A resposta era sempre imediata e a ansiedade pela resposta da resposta era um capítulo à parte.

Tinha um colega de sala na faculdade que trabalhava na agência central dos Correios. Todas as segundas e quartas ele me perguntava se não tinha nenhuma encomenda, já que não pegava fila e tudo o que eu mandava por ele chegava mais rápido. No final do ano lá ia eu comprar inúmeros cartões da Unicef para mandar até para os meus primos. Fazia questão de escrever alguma coisa personalizada em cima da mensagem original, pois nunca gostei de votos de boas festas no atacado.

Tenho saudades daquela época romântica, tão destoante do meu jeito amalucado e prático de ser. A espera por notícias de quem morava tão perto e tão longe ao mesmo tempo era um exercício diário de paciência para mim. Era um antídoto à minha tão famosa ansiedade nata. O trajeto de casa até a agência era uma terapia. Deixava para lacrar o envelope em cima da hora, com aquela goma melequenta que ficava no balcão, junto ao caixa. Afinal, tinha que dar a lida final, pois tudo deveria ser impecável. O que se escreve se lê e fica para a posteridade.

Ainda há quem mande cartas? Quanto custa um selo?

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Deus existe


terça-feira, 26 de agosto de 2008

The office

Colega 1: -Cynthia, que risada estranha é essa? 

Colega 2: -Menina, você não está bem hoje! 

Colega 3 -Tem alguma coisa diferente no seu cabelo...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

...


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Só meu

É claro que toda sala de aula tem um menino fofo, inteligente e que é cobiçado por todas. É claro também que o correspondente feminino existe e que nos deixa com a autoestima na lama. O mais engraçado é a competição pública que se faz em torno das beldades, que deitam e rolam em cima da situação.

Na minha terceira série todas as meninas eram loucas, alucinadas, dariam um braço por Carlos Bronson. Sim, o nome dele era esse, fruto de homenagens e aportuguesamento paternais. Ele era o mais alto, o mais educado, o queridinho até da professora. Na hora do recreio, íamos todas assistir o futebol dos meninos da quarta série, já que ele era goleiro de lá. Ficávamos todas fingindo que estávamos brincando com nossas Bebezinhos, ou que estávamos tentando aprender a última música do Menudo.

Depois do jogo, a briga era para ver quem chegava primeiro ao bebedouro onde Carlos Bronson se recuperava de mais uma exaustiva partida debaixo de todo o sol das três da tarde. Ficávamos na fila e quando ele chegava, o silêncio era absoluto, pois ninguém queria fazer feio diante do nosso Deus Grego.

Chegou maio e, com ele, os ensaios para a quadrilha de São João. Pela estatura, a minha querida professora escolheu Carlos Bronson para ser o meu par. Nem preciso dizer que o meu ar de vitoriosa foi algo gritante e que adorei ter que repetir a coreografia umas quatro vezes seguidas...

Na véspera da apresentação, fui parar no médico com uma febre repentina, logo diagnosticada como sendo emocional pelo meu adorável pediatra, Dr. Aderbal. No dia seguinte, mesmo com a febre insistindo em não baixar, fui à festa e até fui coroada Rainha do Milho, através de votação masculina da minha classe e com o meu amado Carlos Bronson como parte do júri.

Foi a primeira vez em que perdi o sono pensando em alguém...

Good news


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Inevitável

E eu 
Gostava tanto de você 
Gostava tanto de você...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

E quem não?

Se tinha uma coisa de que eu gostava muito quando criança era assistir o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Era fã de Emília e fiz minha mãe comprar um talco com a foto dela na embalagem. Era o meu pó de pirlimpimpim.

O meu ritual começava minutos antes do programa começar: pegava almofadas e me acomodava no sofá, com medo de perder a abertura e não poder acompanhar a música. Logo no primeiro intervalo, já gritava que queria sete bolachas quadradas, com manteiga nos dois lados. Traduzindo: biscoitos cream-cracker. Minha mãe, prontamente, me atendia e assim eu ia me abastecendo até a última parte.

Já me imaginava naquele mundo colorido, cheio de aventuras, onde tudo tinha vida, tinha graça. Achava a Cuca divertida e não sabia se ela era um jacaré ou um dinossauro. Queria que o meu quarto fosse igual ao de Narizinho, com uma espécie de banquinho embaixo da janela, onde Emília costumava filosofar. Tinha uma cortininha e uma penteadeira muito charmosas também. Nem me importava quando minha mãe me enfeitava com toda sorte de babados, laçarotes e mangas bufantes, pois assim eu ficava mais próxima do meu sítio particular.

Em 2002 tive a honra de visitar o cenário que inspirou Monteiro Lobato a ser o grande contador de histórias de gerações. Claro que o verdadeiro sítio não é glamuroso como o da Globo, mas é tão aconchegante quanto. Dá até pra perceber uma movimentação estranha nos arbustos enquanto caminhamos...

Você quis dizer: "opressão habitual"

A filha da faxineira daqui de casa me deixou realmente com muitas dúvidas, hoje! curioso, aliás, como um certo remorso social fez alguns adotarem eufemismos cada vez mais ridículos para "empregada doméstica"... de ajudante passou a ser secretária, chegando até a gerente. Logo haverá, a seguir assim a coisa, diretoras domésticas, talvez superintendentes de saneamento e coordenação doméstica... quer-se com isso, pelo jeito, conferir uma dignidade profissional a quem, na verdade, já a tem, embora ela seja negada precisamente - em atos - pelas pessoas que usam essa linguagem. Mas enfim, Elizângela, secundarista, pediu-me ajuda para uma pesquisa sobre Elba.
- A ilha?
- Não sei, a professora não disse.
- Professora de quê?
- Geografia.
Se fosse História, decerto teria alguma coisa a ver com Napoleão e suas férias forçadas. Sendo Geografia, podia ser ou o rio ou a ilha.
- Mas ela não disse nada?
- Não. Só disse que é pra procurar na internet.
Quando eu era criança e o computador era ficção científica, a gente sempre via aqueles desenhos em que alguém perguntava: "Computador, informe-me sobre esta corrente no vácuo transverso!" E a máquina respondia na lata, porque sabia tudo. Depois que pcs viraram eletrodomésticos, passamos a rir dessas lembranças, mas eis que agora Google e Wikipedia fazem da ficção uma premonição realizada (...como a ilha de Elba não serve pra nada, é mais provável que seja o rio...) . A diferença é que, nos desenhos e filmes de antigamente, o conhecimento procurado era da mais alta importância e quem pesquisava sabia muito bem do que se tratava a tal corrente.
A inclusão digital, assunto de interesse dos bem-intencionados estatais e particulares, talvez seja mais um eufemismo, e tão enganador quanto aqueles(... lembro que, na escola primária, quando copiávamos malandramente a resposta a uma questão, a dona Venina sentenciava: vocês estão enganando a vocês mesmos...)
O Orkut, pelo menos, deve ganhar com isso. Se bem que já imagino um Deivisson mandando um pedido de "add" a uma Carol, dessas que só vão ao dentista pra fazer limpeza, e sendo sumariamente ignorado.
- Pô... eu podia tá passando vírus em porta de comunidade, roubando perfil e tal... mas eu prefiro pedir... aceita aí, vai, na moral...
(A.S.)

Mainha

Meu Aniversário
Nando Reis


Mãe

O amor que eu tenho por você é seu

Mãe

O amor que eu tenho por você é seu

Como é seu o meu aniversário

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Like a Virgin


Sei não, moço

Por que você não estuda pra concurso? Por que você não vai tentar a vida em outro país? Por que você não teve filho? Por que você trocou Salvador por São Paulo? Por que você não sai mais nos finais de semana?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Single-lar


Hoje é o Dia dos Solteiros. Dos desacompanhados. Dos avulsos. Dos que vão ao cinema sozinhos. Dos que viajam sozinhos. Dos que assistem DVD sozinhos. Dos que passam os finais de semana sozinhos. Dos que não trocam presentes no Dia dos Namorados. Dos que não se importam se o celular está funcionando ou não. Dos que não têm pesadelos com a pessoa amada desaparecendo do mapa...
Meu Deus!!! Hoje é o meu dia!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tomara

"Você vai ficar tranqüilo ao perceber que a realização de seus objetivos e ambições depende de manter o foco e trabalhar a favor de si mesmo. Uma pessoa virá em seu auxílio, fique atento, e não perca a chance, pois hoje é um dia em que o comum se conjuga com o original, mas tudo a seu favor. Siga firme! "
(Horóscopo - Uol)

Papo Cabeça

-O que foi, Cyn? 

-Tava olhando esse hidrante aí, atrás de você...vou até tirar uma foto dele...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como uma Fendi falsa

Quem me conhece sabe que não compro absolutamente nada falsificado. Jamais gastei fortunas com réplicas de roupas ou acessórios de marca por questões ideológicas e de bom senso. Além de ser contra tudo o que está por trás do que alimenta o submundo da falsificação, não tenho cara de quem tem dinheiro para comprar uma Louis Vuitton verdadeira. Well, anyway...

Em um dos episódios de Sex and the City do finalzinho da quarta temporada, Charlote, a romântica e sonhadora do quarteto, decepcionada com os rumos do seu casamento recente, pega o primeiro vôo para a caliente Los Angeles a fim de encontrar as espevitadas e inseparáveis amigas.

Tenta manter as aparências o quanto pode, até que desanda a chorar quando faz um paralelo entre a sua vida e a bolsa Fendi falsificada que Samantha acabara de adquirir: perfeita para quem não soubesse a sua origem e custando um décimo do valor, mas mal feita por dentro.

Quantas pessoas têm a lucidez e a coragem de admitir que o seu relacionamento é uma Fendi falsa? De que adianta mostrar algo que não se vive se toda vez que as luzes se apagam os “compradores” da famosa bolsa sabem exatamente a sua origem? Será que vale a pena perder tempo de uma vida que, até onde se sabe, é única, com namoros, noivados e casamentos afundados? Think about.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Don´t cry for me

Fui logo pedindo ao taxista que abaixasse o volume do rádio, pois estava sendo ameaçada por um princípio de enxaqueca lancinante. Ele disse que não sabia se tinha enxaqueca ou sinusite, mas que a dor era forte e que sabia exatamente como eu estava me sentindo. Pelo meu sotaque, perguntou de onde eu era e começamos a conversar. Sempre tenho a impressão de que só a minha vida tem ares novelescos, cheia de coisas absurdas. Mas nem por isso deixo de ouvir as histórias dos outros, prestando atenção nos mínimos detalhes.

Esse moço, bonito por sinal, começou a me contar a sua sina: trabalhava numa grande empresa, ganhava bem para um rapaz solteiro e não aguentava mais ouvir a sua namorada, uma menina de dezesseis anos na época, dizer que não suportava morar com a mãe. Pediu demissão, comprou um táxi e levou-a para morar em sua casa. Ela engravidou em seguida. Disse que o que sentiam um pelo outro não era exatamente amor, mas a filhinha que acabara de nascer dava um sentido diferente às suas vidas.

Um belo dia, sua mulher chega e diz que precisava de um tempo para curtir a vida, já que tinha se casado muito cedo e que isso não estava certo. Continuaram morando próximos, para não prejudicar na educação da filha. Ele suportou quase dois anos vendo-a sair com as amigas e primas e voltando com o dia já claro. Tiveram uma recaída e ela engravidou de novo. Ela quer casar de papel passado, pois descobriu ser ele o homem da sua vida. Ele não quer mais, pois não sente mais nada por ela. Disse que virou um homem blindado e que nunca mais na vida vai levar mulher nenhuma a sério. Sai de vez em quando com outras meninas, mas nem chega a contar a sua história. Simplesmente desaparece no dia seguinte.

O que você está lendo?

Teve épocas em que eu achava melhor ler qualquer coisa a não ler nada. Sempre tive na leitura um hobby prazeroso, uma fuga da realidade, não necessariamente me preocupando com o além do que está escrito. 

Com o tempo e com um empurrãozinho de meu ex-marido, fui apresentada ao melhor da literatura internacional, até então um universo que só conhecia de longe e no escuro. Aprendi a gostar de coisa boa, profunda, atemporal.

Nessa onda de clássicos, coisa boa, etc. e tal, estou lendo o primeiro volume de As Mil e Uma Noites e, assim como o sultão Chahriar, minha curiosidade não deixa que eu passe um dia sequer sem ouvir os contos fantásticos de Cheherazade: eu me sinto Dinazarde, sempre alerta em acordar a condenada irmã antes do nascer do dia para que ela termine o conto da noite anterior.

Para quem não leu, é uma criança grande como eu e gosta tanto de leitura a ponto de encarar dois volumes com mais de quinhentas páginas cada um, aqui vai a sugestão. É uma leitura fácil, que mostra a cultura árabe de uma forma diferente da que estamos acostumados a ver e que rende pelo menos alguns momentos de reflexão.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

One year later...


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Baby & Doll

Ao assistir a novela Selva de Pedra (exibição original, idos de 1970), minha mãe, que nem sonhava em conhecer o meu pai, ficou encantada com o nome que acabava de ouvir pela primeira vez: Cíntia. E olha que a personagem nem era protagonista da trama. Prometeu a si própria que assim se chamaria a sua primeira filha.

Passados uns três anos, casou e engravidou. Como trabalhava em uma famosa loja de departamentos na época e ultrassom para saber o sexo do bebê era luxo para poucos, começou a divulgar que tinha certeza de que esperava uma menina. Obviamente, começaram a rolar apostas de todo tipo: desde quem daria o primeiro par de brincos de ouro ou o primeiro biquíni até a primeira boneca, tudo era motivo para deixar a bichinha mais ansiosa.

Já com quase nove meses de gravidez, começaram a nascer os filhos de algumas conhecidas dela e todos eram meninos. Meu avô começou a dizer que “a lua tinha virado” e que era melhor ela se acostumar com a idéia de ter um Cíntio...

Foi lançada uma boneca Cynthia e um dos colegas de minha angustiada mãezinha, que até então não tinha se pronunciado em relação ao que ele apostaria se a intuição dela estivesse certa, disse que o presente dele seria a mais nova sensação da Estrela.

Março de 1975, véspera da Semana Santa. Dores, inchaços, contrações, a hora estava chegando. Lá vai a pobrezinha me colocar no mundo. Segundo ela, quando o médico disse: “É uma menina, Calmeci”, ela nem se surpreendeu, pois já sabia disso desde os primeiros momentos de gestação.

Com o ar de vitoriosa, começou a receber as primeiras visitas e, com elas, os presentes prometidos. Meu pai, que não queria ficar por baixo nessa história, ao ver que na caixa "Cíntia" estava grafada com Y e TH, não se fez de rogado: levou-a até o cartório e disse que queria o nome da filha dele igual ao da boneca.

Essa pequena travessura do meu querido paizinho me trouxe pelo menos dois benefícios: o primeiro deles ainda no processo de alfabetização, onde fui tomada por uma incrível confusão já que não entendia o porquê do meu nome ser escrito de forma incomum e com uma letra que eu não sabia pronunciar. O segundo e mais duradouro: minha vida ser um eterno “Soletrando”...

Um dia ela chega


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Top Secret

É engraçado como certas manias da gente começam a ficar públicas sem nos darmos conta. Eu tenho mania de controle e, toda vez que almoço ou vou à padaria, peço sempre uma caneta para anotar o saldo restante no meu VR. É mania mesmo, pois eu sei exatamente quanto devo gastar por dia.

Semana passada, fiquei surpresa ao ser abordada pelo caixa do restaurante: “E a caneta, Cynthia?”. Estava tão distraída com alguma coisa que passava na TV do buffet que já ia deixando minha marca registrada de lado...

No mesmo dia, já na padaria, comprando os meus suprimentos de Toddynhos & Cia., me distraí com a animação do pessoal de uma das mesas e a atendente me cutucou: “Não vai anotar hoje, Cynthia?”. Será o Benedito que nem mania mais a gente pode ter em segredo?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ah, David Beckham...


I miss him


Tinha dormido a tarde inteira e acordei com ele num banquinho em frente à cama, desenhando alguma coisa no caderno. “O que é isso?” – perguntei. “É você dormindo. Tão linda que parece bichinho de desenho animado da Disney".
*
Não consigo imaginar declaração de amor mais surpreendente...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Past Tense

Mal podia acreditar no e-mail que acabava de ler. Sim, era ele, um caso do passado que queria saber como eu estava depois de seis anos sem nenhum contato. O pior: estávamos na mesma cidade e ele nem imaginava. Pior ainda: ele queria me ver.

Adiei o que pude o tal reencontro, já que precisava emagrecer os eternos 5 kg a mais que toda mulher, em sã consciência, tem. Reservei a sala de ginástica do prédio pra semana inteira e já acordava pronta pra pegar no pesado. Passei a usar uma dieta mais saudável, tipo sopa nas três refeições intercalando com litros de água. Aboli o elevador da minha vida, pois subir escada deixa as pernas definidas e o fôlego em dia. Nesse meio tempo, SMS pra cá, SMS pra lá, tudo muito lindo e romântico. Tudo prometendo. Eu ia tirar o pé da lama.

Marcamos para sair num sábado de muito calor em São Paulo. Obviamente, não dormi na noite anterior,  pois dormindo as horas passam mais devagar. Às seis e meia eu já estava de pé pronta para ir ao shopping fazer umas comprinhas básicas, típicas de reencontros. Enquanto caminhava para a estação de metrô, tentava lembrar em qual shopping eu teria mais opções de Marisas, C&As, Renners e Riachuelos, já que todos os meus cartões estavam em dia bom. Decidi pelo Tatuapé e lá fui eu, morrendo de calor e com medo de acontecer alguma catástrofe que impedisse o meu esperadíssimo reencontro daquela noite. Comecei até a questionar a segurança dos metrôs e das escadas rolantes das grandes metrópoles, mas isso já é outra história.

Chegando lá, me vi perdida diante das novidades da coleção de verão que acabava de desembarcar em toda a cidade. Confesso que xinguei minha irmã umas cinco vezes seguidas, já que ela tinha mais o que fazer e não pôde me acompanhar na maratona de busca pelo look perfeito. Vi que um dos seguranças da Renner começou a me seguir discretamente, devido ao meu comportamento no mínimo estranho. Fazer o quê? Tive que voltar lá duas vezes pra experimentar as mesmas coisas, mas não tinha como explicá-lo que isso fazia parte do processo.

Enfim, quatro horas depois e bastante satisfeita com minhas compras, embora ansiosa sobre o que minha irmã diria do que eu acabara de comprar, lá fui eu ao salão, com hora devidamente marcada pelo telefone e pessoalmente, pronta para um verdadeiro extreme makeover. “E se ele não aparecer e não ligar nunca mais?”. “Ah, por mim. Quem perde é ele. E agora eu tenho um vestido poderoso e uma sandália lilás ultra-fashion”.

Bom, ele ligou dizendo que estava perdido na minha rua. Ele chegou no horário combinado. Ele continuava o de sempre, apesar de umas ruguinhas a mais. Usava o mesmo perfume. Fomos a uma badalada danceteria e eu, achando que todo o universo começava finalmente a conspirar a meu favor, me entreguei aos prazeres da carne com algumas dezenas de taças de vinho chileno e tomando conta da pista de dança. 

Lá pelas tantas, o convite sussurrado ao pé do ouvido: “E se fôssemos para outro lugar?” – “Yes, Sir!”, provavelmente foi o que respondi. “A vida é muita boa, a gente é que estraga a bichinha”, eu pensava. 

“Cynthia?”. Abro os olhos e me vejo com agulhas no braço, soro pra tudo o que era lado, um terrível mal-estar e o médico residente tentando me acordar. Havia desmaiado enquanto esperávamos o manobrista da danceteria trazer o carro e fui parar na emergência do Einstein. Pré-coma alcoólico. O meu partner? Esperou pela minha alta médica e me levou para casa. Ah e depois de um mês me mandou a fatura do hospital. 

R$1.500,00.

Simples assim

Por ser uma pessoa eclética, mais por natureza do que por escolha, tenho alguns gostos que podem parecer antagônicos aos mais desavisados. Às vezes soam até como excentricidade. Já citei aqui a miscelânea de artistas que eu comecei a admirar na infância e que até hoje continuam sendo meus ídolos, se é que sou o que se espera de uma fã que se preze.

Quantas vezes fiz cara de parede ao ser interrogada sobre qual era o meu estilo musical preferido? E sobre filmes? Livros, então, nem se fala. Certa vez, diante da quantidade de loucuras que fiz ao ciceronear uma desconhecida em Salvador, amiga de um amigo meu, um outro amigo me definiu com uma frase: “Cynthia, você é um camaleão”. Disse que não conseguia entender como eu podia sair de um show de axé no Pelô, tomar cravinho, falar mal da Vivara, debater sobre espiritismo, falar bem da Ford, tomar caipirinha e falar sobre Kafka, tudo isso com a cara mais deslavada do mundo. Até hoje fico em dúvida se isso foi uma crítica ou um elogio...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

É massa


sexta-feira, 25 de julho de 2008

Quero um

Para os dias em que a gente amanhece gorda, com espinhas e com cabelo de palha.

Teste Surpresa


A maionese foi um dos avanços que possibilitaram as Grandes Navegações



Todo mundo tem uma história pessoal, uma "história de vida", etc, não é mesmo? Pois então, responda aí a este teste surpresa sobre a sua História Moderna e Contemporânea:

1. Defendeu a Revolução Permanente, em oposição às Teses da Chapa:

( ) Donna Summer

( ) Aracy de Almeida

( ) Kim Possible

( ) Pocahontas


2. Demarca a transição do modo manual de produção de comida para o mecânico:

( ) a ascensão dos enlatados

( ) o Pacto de Santo Domingo

( ) a descoberta do microondas, do processador e da frisa a vapor

( ) todos os fatores acima

3. Dentre as conseqüências do Ciclo da Cana podemos indicar:

( ) o surgimento do Ciclo da Borracha, com o esquecimento de tudo o que ocorreu naquela noite, inclusive a dança do Deboche em cima da mesa.

( ) a mudança de hábitos alimentares, com aumento vertiginoso do consumo de água

( ) a produção em série de cabos de guarda-chuva

4. Qual ou quais aspectos abaixo caracterizam o Renascimento?

( ) uma onda de expurgos no Orkut, eliminando todos os aliados daquele descarado.

( ) uma série de transformações estéticas, provocando um crescente endividamento frente à C & A e outras potências estrangeiras.

( ) o surgimento do Ciclo do Cacau, conduzindo à inflação e a um estupendo superávit na balança comercial da farmácia.

( ) o estabelecimento de uma nova Agenda, eliminando todos os contatos daquele desgraçado.

( ) a divisão do mundo e da sala-de-aula em dois blocos antagônicos que buscam estender sua zona de influência sobre os não-alinhados.

5. Tópico Dissertativo: A Quebra da Bolsa e a Grande Depressão.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

We Will Rock You

Hipnotizada. É assim que hoje defino o que aconteceu comigo quando vi Freddie Mercury pela primeira vez na televisão, em janeiro de 85, na primeira edição do Rock in Rio. Da mesma forma pareciam estar os cerca de 300 mil fãs que o acompanhavam ao som de “Love of My Life”. Da mesma forma parecia estar o próprio Freddie, se portando como maestro diante daquela mistura de vozes ao seu redor – “Beautiful, beautiful”- repetia.

Eu tinha dez anos e minha cabeça era um pouco atrapalhada. Eu não perdia um Balão Mágico matinal, assim como torcia para que Lobão, Titãs, Kid Abelha, Lulu Santos e afins fossem ao Chacrinha no sábado. Imitava Madonna e Gretchen. Dizia que ia casar com Sidney Magal. Tinha todos os LPs de Simony e sua trupe, mas também sabia cantar a maioria das letras dos meus ídolos adultos de cor. Mesmo embolando um pouquinho o meio de campo, lá estava eu, sempre acompanhando os “malucos”, segundo Mainha e Tia Didi.

Em meio a esse cenário me aparece o Queen e ele, Freddie Mercury. Ou vice-versa. Eu não sabia uma palavra em inglês, não entendia absolutamente nada do que ele cantava, mas eu gostava assim mesmo. Intui que Freddie era polêmico e acho que foi aí que ele me conquistou de vez. Li que ele tinha se recusado a passar pelo corredor de acesso aos camarins do grande evento porque estrelas nacionais se amontoavam em seu caminho para vê-lo. Vi a entrevista que deu à Glória Maria e achei graça. Soube também que ele perguntou se no Brasil tinha furacão e, diante da resposta negativa, colocou o seu camarim de pernas pro ar, com direito até a mamão papaya no teto. 

Mas ele podia. Ele era Freddie. Ele usava bigode. Ele podia. Ele é o eterno Freddie Mercury, que fez a trilha sonora de muitos momentos de minha vida.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Drama


sexta-feira, 18 de julho de 2008

A bobagem alheia

Pelo menos comigo é assim: toda vez que penso em fazer ou dizer alguma coisa diferente do convencional, acho que vou fazer papel de tola. Já teve épocas de eu simplesmente ficar muda em sala de aula, diante de algum debate mais polêmico, por achar que o que falasse soaria como ridículo. E não é que ia sempre um CDF e falava exatamente o que eu estava imaginando? Mas eles podiam, eu imaginava. Afinal, CDF tem seus momentos de descanso também.

Recentemente, fui convidada a fazer parte de uma pesquisa de opinião. Fiquei meio receosa, já que os entrevistados tinham os currículos infinitamente mais gabaritados do que o meu, mas resolvi encarar. Jurei pra mim mesma que ia fazer o contrário de tudo que tinha feito na minha época de estudante. Decidi que falaria absolutamente tudo o que desse na telha. Ia me entregar ao jogo como as crianças fazem. Falaria bobagens e aprenderia com as alheias. E não é que gostei da experiência?

Primeiro, quando levantei algumas questões no grupo, vi estampado na cara de alguns engravatados de multinacional (e olha que eram de diretores em diante) a mesma decepção que eu sentia quando era estudante. Um até me confessou ao pé do ouvido: “Era exatamente o que eu ia falar!”. Acho que ele não entendeu quando respondi com um olhar sei-exatamente-o-que-você-está-passando. Segundo, não custa nada sermos nós mesmos. É fácil sustentar os argumentos e se eles não forem aceitos, é porque somos diferentes mesmo. Terceiro: ver uma alta executiva da área financeira gaguejando, não tem preço...

quinta-feira, 17 de julho de 2008