segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Seja rico ou seja pobre

Eita que Natal já tá nas bucha, o maior vuco-vuco na cidade, Jingle Bell pra tudo que é lado. Apesar de ainda não ter dado a pintada básica de fim de ano lá em casa, já pendurei uma guirlanda na porta, uma que Marquinho achou sabe Deus onde, talvez lá onde ele guarda as maluquices dele. 

Também já comecei a montar os looks de férias, já que Salvador é Salvador, né, mermão? Calça, nem pensar. Sapato fechado, idem. Shorts, muitos, um de cada cor e pra cada dia que passarei lá – total de sete, muito pouco, mas é melhor que nada. 

A lista de presentes também está feita, se é que podemos chamar de presente, de lembrança ou de vaga lembrança algo que custe menos do que dez reais e vá ser comprado na 25 ou no Brás. Também os amigos secretos, vários, galera dizendo o que quer receber (taí uma coisa que não entendo, mas deixa pra lá).

Sem contar a emagrecida básica pré-festas (se não quiser ficar com o dobro da barriga que tenho hoje), os scraps em massa e impessoais que não param de chegar de gente que eu sequer lembrava que estava na minha lista, perêrêparará, etc. 

Acho que uma das coisas realmente legais do cristianismo é isso: fazer com que os simples mortais se mobilizem, pelo menos uma vez no ano, para lembrar que a vida ainda é bela.

Total Eclipse of the Heart

Hoje eu realmente acordei com vontade de fazer nada. Um desânimo horroroso, há muito tempo não me sentia assim. Coloquei o celular pra despertar de cinco em cinco minutos até eu ter coragem de levantar da cama. 

Ontem, assistindo Glee - minha nova paixão - ouvi uma música que me fez lembrar de um vexame que passei assim que cheguei em São Paulo. Ah, um dentre muitos. E daí que a imaginação voa e um vexame puxa o outro, até eu lembrar de um dos primeiros que dei na vida, quando eu tinha uns sete anos, acho. 

E com essa história toda, eu, que já estava meio mal com a prova que perdi na sexta, me senti um trapo de gente. Que vergonha quando lembro de tanta coisa boba que falei pra pessoas que sabiam que eram bobas e riram da minha cara – e eu que achei graça, pensando que estava fazendo sucesso. 

Me meti onde não fui chamada alguns pares de vezes sem perceber que estava mesmo era fazendo papel de ridícula. Falei um monte de coisa que ouvi em novela ou da boca de alguém como se fosse ideia minha – era só reprodução do que eu tinha achado bonito e não tinha tido a inteligência necessária pra ter pensado antes. Fora as tentativas de ser engraçada, alto-astral full time, blábláblá. 

Isso tudo por causa de uma música, meu Deus!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trainee

Lá estou eu toda prosa no meu amado cliente dando treinamento dos módulos bancário e financeiro - dois calos na minha vida, diga-se de passagem - quando um dos usuários me faz uma pergunta cabeludíssima, daquelas que nem aluno sacana tem coragem de fazer pra professor novato. 

O que a madama aqui fez? Parou de respirar por 5 segundos, fez cara de parede, ficou meio bege e disse, na maior cara de pau do mundo: “Nossa, você acredita que me deu um branco agora? Vou checar com um consultor expert em contabilidade na hora do almoço e depois a gente retoma”. 

Adiei problema, of course. Depois do almoço, não satisfeita com a lambança toda, disse com cara de bebê pompom e de consultora ultra-experiente: “Ainda não consegui falar com o meu colega, mas na quinta estarei aqui com todas as respostas pra vocês”. 

Ainda bem que não faço compras parceladas...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quanto mais eu rezo...

Bonitinho quando uma fulana te liga depois de trocentos mil anos, te chamando de amiga, cheia de segundas intenções, né? Fomos colegas de trabalho em janeiro, por apenas um mês e ela já se achava íntima, unha e carne comigo. 

Sabe esse tipo grudento de gente? Era ela. Ao contrário do que parece, eu tenho lá as minhas reservas, não é pra todo mundo que eu abro os dentes. Ela perdeu muitos pontos comigo ao confessar que traía o marido e que não separava pela comodidade de dividir as despesas. 

O tempo passou, cada uma foi pro seu lado, até tirei ela do meu Orkut. Há uns três meses me ligou, como se tivéssemos nos visto uma semana antes, dizendo que estava desempregada, pedindo pra me mandar um currículo. Não gosto nem um tico de gente assim. Sumiu de novo e hoje ligou com a cara mais lavada do mundo, perguntando por que eu sumi, dizendo até que ficou preocupada comigo. Perguntou o meu e-mail de novo e disse que ia me mandar – de novo – um currículo, pois estava – de novo - desempregada. 

Tratei tão mal que nem eu mesma acreditei. A cara de pau não se deu por vencida e ainda soltou essa pérola: “Vamos marcar algo, viu, Cy”? 

Valei-me meu Senhor do Bonfim!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Foras

- Nossa, Marcelo, que senha ridícula essa. 

- É? Fui eu que criei.

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- Flávia nem parece taurina, né, Rao? Toda elétrica e todo taurino é meio lerdo. 

- Eu sou taurino, meus dois filhos e minha nora são.

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- Conta aí como foi a comemoração ontem à noite!!! 

- Não teve, o meu marido está desempregado.

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- Luciana Gimenez com aquele tampa de binga do marido dela, só porque ele é montado na grana. 

- Minha namorada é quase cinco centímetros mais alta do que eu.

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- E aí, Rao? Vai torcer pros seus conterrâneos hoje?

- Eles não estão na copa, eu nasci na Indonésia.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

02.11.10

- Marquinho, foi você quem levantou a tampa do vaso?

- Se só somos nós dois aqui, não fui e não foi você...

Dormi com a luz do corredor acesa.

Cyn-pática

E cliente que só funciona na base da missa de corpo presente? Tem esse da Lapa que não só é carente como sacana: o tempo que gasto no trânsito indo e voltando de lá, produziria muito mais entrando remotamente no servidor dele.

Tem o do Bom Retiro, que na maioria das vezes eu não tenho a menor ideia de como se resolve o problema dele, mas tenho que ir lá cada vez que o meu chefe ou outro consultor vão. 

Segundo um colega que tem mais de dez anos na área, eu tenho um defeito: não sei fazer cara de má. Disse que era pra eu praticar no espelho do banheiro, fazendo careta e mascando chiclete. 

Se funcionar, vai servir pra muita coisa.