terça-feira, 21 de dezembro de 2010

HoHoHo!!!

Natal e viagem chegando, ansiedade triste. Marquinho de férias em casa e eu morrendo de inveja dele. Ainda tenho quase dois longos dias de trabalho pela frente, sendo que amanhã estarei em cliente dando treinamento. Seria melhor se não fosse em Jurubatuba, ônibus/metrô/ três trens pra ir, outro tanto pra voltar, e se os funcionários não fossem ensandecidos, um querendo comer o fígado do outro, espírito cristão do outro lado da Marginal. 

Nossas malas estão prontas, eu doida de vontade para desligar geral, de não ter hora pra acordar, de não ter que pegar metrô, de não ter que aguentar cliente esquizofrênico, de não ter que contar calorias na hora do almoço... Salvador pegando fogo, Cecília & Cia. lá desde sexta passada, cada hora uma novidade de onde estão ou do que estão fazendo. Ligando por segundo ou pra dizer que a água de coco acabou e que estão indo no São Joaquim comprar outra carrada, ou simplesmente pra reforçar que o calor tá brabo e que é pra gente se preparar pra andar quase pelado. Uma boa referência é que até banho frio dona Júlia já tomou. Ou seja. 

Bom, pelo menos Papai Noel pode me tirar da lista dessa vez: como ele foi muito bonzinho comigo em 2010, dispenso o meu presente. Acostuma não, viu, moço?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Por quê?

Uma pessoa muito querida - simplesmente maravilhosa, diga-se de passagem - descobriu, sem mais nem menos, que está com um tumor no cérebro e que só lhes restam algumas migalhas de dias pela frente.

Como pode? Todos que o conhecem estão perplexos e sem acreditar que aquele jovem senhor, de porte atlético e aparência saudável, que joga tênis nas horas vagas e passa as tardes tomando chá, pode dormir hoje e não mais acordar.

Só soube de sua sentença porque sentiu uma dor de cabeça mais forte e foi parar na emergência, ali fazendo uma batelada de exames que, no caso dele, não foram lá muito úteis. Afinal, de que adianta ter dinheiro, descobrir uma coisa dessas e a equipe médica dizer na sua cara que não dá nem pra começar tratamento, que o negócio é sentar e esperar a morte chegar?

Fico tentando comparar o seu sofrimento com situações que parecem ser similares – estar no corredor da morte, ser judeu no holocausto ou vítima de bala perdida. Ele está vivo, não se sabe por mais quanto tempo, mas todos que estão à sua volta já estão meio mortos.