segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Already?

Pronto, voltei ao normal. Tive uma sexta-feira legal, tomando chocolate quente e conversando coisas da vida com uma pessoa interessante. O melhor da festa é a euforia dos preparativos, sem sombra dúvida...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Looping


Estou feliz. Nem dormi direito. Acordei mais cedo e fiquei rolando na cama. Queria que as horas passassem logo. Estou ansiosa. I have a date tonight. Amanhã eu volto ao normal, como sempre.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Começa hoje


Ciclos, ciclos, ciclos. Sou obcecada por eles.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eletroencefalograma

Não me lembro do último sonho que tive como o de ontem. Claro, com começo, meio e, infelizmente, fim. Coerente. Tudo a ver com os meus mais profundos desejos, com o que está muito bem guardado a sete chaves, no terceiro subsolo à esquerda do meu inconsciente. Mas impossível de se tornar realidade.

Um tio meu, há um ano, nos deixou em pânico ao constatar que estava com um tipo raro de câncer bucal. Semana passada, contrariando todas as estatísticas médicas, recebeu o diagnóstico final: está curado. 

A irmã de uma amiga minha ganhou na Lotofácil: R$5.000,00, mas ganhou. 

Tudo isso é possível na vida, menos o sonho que tive se tornar realidade. Paciência.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

DóRéMi

Hoje eu amanheci sensível. Olhei para o meu chefe e senti tanta pena dele! Uma pena autêntica, dessas que a gente sente quando vê alguma miséria na rua ou na TV. E eu senti hoje isso por ele. Senti também pena dos meus colegas, dos outros chefes, do porteiro, da copeira, de todo mundo. Minha irmã tão feliz no Gtalk e eu sentindo pena do mundo. É capaz de eu dar esmola ou de comprar pano de prato de alguma criança na esquina. Amanhã eu volto ao normal.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Calçada da Fama

Eu sempre acho que alguém é parecido com alguma celebridade. Nem que seja de longe e no escuro, eu dou um jeito de encontrar um referencial no mundo artístico. Fica até mais fácil quando eu vou contar algum caso: "Menina, ele é a cara de Lázaro Ramos, só que um pouquinho mais velho" e por aí vai.

Tenho algumas amigas míopes que já provaram ter essa mesma mania minha; uma me confessou, meio que sem jeito e escolhendo as palavras, que não podia ver Angélica que lembrava de mim. Só se for por causa da similaridade entre as contas bancárias e cor dos olhos. 

A outra disse que sou a cara de Simony. Sem comentários. 

Uma terceira disse que tenho um quê de Giovanna Antonelli, principalmente quando ela faz cara de indignada. Acho que é porque essa minha amiga me adora e queria deixar meu dia mais feliz.

Mas o que será que nos leva a fazer tais relações? Eu tenho amigas Julia Roberts, Carolina Ferraz, Lizandra Souto, Cristiana Oliveira. Elas têm a mesma reação que eu quando sou comparada a alguma beldade: "Queria eu, Cynthia, ser parecida com fulana de tal!", e dizem que a minha imaginação é fértil. Pode ser. Mas que parecem, parecem.

Inocência

- A sua obviedade te estraga. 

 - Pensei que fosse só a minha ansiedade...

Lema


Sangue Latino
Ney Matogrosso


Jurei mentiras
E sigo sozinho
Assumo os pecados
Os ventos do norte
Não movem moinhos
E o que me resta
É só um gemido...
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa...
Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo...
E o que me importa
É não estar vencido
Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu Sangue Latino
Minh'alma cativa...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu até que tento...



"Life isn't about waiting for the storm to pass; it’s about learning to dance in the rain"

--Anonymous--

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ECT

Desde que aprendi a ler, minha vida era mandando carta. Adorava escrever, fazer um desenho no final e assinar embaixo. Achava o máximo poder assinar alguma coisa. Depois eu dava para minha mãe revisar e ver se estava tudo dentro das normas da ABNT. Na verdade, ela me dizia se alguma coisa estava soando legal ou não e eu sempre fazia mais de uma até o veredicto final. Minha mãe era uma espécie de copydesk das minhas ingênuas cartinhas.

Mandei milhares delas para Os Trapalhões, Bozo, Turma do Balão Mágico e Clube do Mickey. Nem me importava em não ser sorteada. Só em saber que o que eu escrevera com tanto capricho estava naquela montanha, era o suficiente para mim. Minhas cartas eram importantes!

Ganhei um bloquinho que vinha com uma caneta super estilosa, com estampa do Snoopy e sua turma. Ganhei também a Gordinha da Sorte, uma caneta vermelha com ponta porosa e tinta preta, com a foto e assinatura de Didi, o meu preferido do quarteto, presente da minha também Tia Didi.

Já adulta, essa mania fez com que eu mantivesse amizades à distância e alguns namoricos também. Tenho em Salvador uma caixa com todas as cartas que troquei com diversos amigos, algumas delas com fotos, postais, desenhos, orações. A maioria delas começa sempre com alguma desculpa pela letra, talvez a versão da década de 90 para as tão famosas "mal traçadas linhas". A resposta era sempre imediata e a ansiedade pela resposta da resposta era um capítulo à parte.

Tinha um colega de sala na faculdade que trabalhava na agência central dos Correios. Todas as segundas e quartas ele me perguntava se não tinha nenhuma encomenda, já que não pegava fila e tudo o que eu mandava por ele chegava mais rápido. No final do ano lá ia eu comprar inúmeros cartões da Unicef para mandar até para os meus primos. Fazia questão de escrever alguma coisa personalizada em cima da mensagem original, pois nunca gostei de votos de boas festas no atacado.

Tenho saudades daquela época romântica, tão destoante do meu jeito amalucado e prático de ser. A espera por notícias de quem morava tão perto e tão longe ao mesmo tempo era um exercício diário de paciência para mim. Era um antídoto à minha tão famosa ansiedade nata. O trajeto de casa até a agência era uma terapia. Deixava para lacrar o envelope em cima da hora, com aquela goma melequenta que ficava no balcão, junto ao caixa. Afinal, tinha que dar a lida final, pois tudo deveria ser impecável. O que se escreve se lê e fica para a posteridade.

Ainda há quem mande cartas? Quanto custa um selo?