segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ema

Como é um sábado perfeito para você? É quando faz um dia lindo e você pula cedo da cama pra correr ou ir à praia? É aquele que já amanhece o maior toró e você fica o dia inteiro de moletom e meia vagando pela casa? Ou aquele que você faz exatamente tudo o que planejou? Bom, só sei de uma coisa: o meu sábado foi perfeito. Com todas as letras. Letra maiúscula. E ponto final. Aliás, ponto e vírgula...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

33,7


Sempre digo que não tenho nenhum filme, música ou livro predileto. Mas como explicar o que sinto quando ouço O Tema de Lara?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sexo e as cidades e as mulheres

Eu adoro Sex and the City. Desde a primeira vez em que vi, foi identificação total. Passei por pelo menos 75% das situações ilustradas ali. Virei fã e vi que mulher é bicho doido mesmo, seja ela nordestina-cabra-da-peste ou novaiorquina ultra-cosmopolita. Volta e meia eu e um amigo conversamos sobre isso e ele tem uma opinião distorcida sobre a essência da série. O mesmo amigo que me abriu os olhos sobre a eterna discussão se Capitu traiu ou não Bentinho não consegue entender a mensagem implícita nas histórias do famoso quarteto de Manhattan.

Cicarelli até deu uma entrevista dizendo que a vida não era nenhum Sex and the City. Claro que é, fofa. Qual mulher nunca se apaixonou pelo cara errado, nunca ficou em casa num sábado à noite por estar completamente dura ou nunca ficou ao lado do telefone esperando a prometida ligação do fulaninho? Isso não é específico de classe social nem do tipo de vida que você leva. É um mal dos tempos modernos. Temos muito e acabamos com nada.

“Ah, mas em Sex and the City a vida é cheia de glamour, com festas de arromba todos os dias” – mentira. Existem dois ambientes-chave na série: o apartamento de Carrie, nada glamuroso por sinal, de onde ela escreve sua coluna, e o café onde elas se encontram aos sábados pela manhã para colocarem o papo em dia. Vários episódios se passam em lugares comuns, durante o dia, com as meninas fazendo coisas banais. “E o consumismo exagerado?” – ué: até eu, que sou uma Zé Ninguém, já me dei a certos luxos, como pagar uma pequena fortuna por um sapato azul e depois ter que desembolsar o dobro por uma bolsa que combinasse com o dito cujo. É algo que só acontece com executivas bem-sucedidas? Quantas Carries, Charlottes, Samanthas e Mirandas existem no subúrbio de Salvador? Muitas, viu? Cada uma no seu universo, com os mesmo anseios, dúvidas, conquistas e frustrações. Tudo proporcional.

O foco de tudo isso é a famosa crise dos trinta anos em mulheres que chegaram a essa idade sem terem um relacionamento amoroso estável, nada a ver com escolhas entre carreira e amor. O que é retratado é que muita mulher está sozinha porque quer: ou porque não deu bola para aquele colega nerd da faculdade que arrastava um bonde por ela, ou porque achou que aquele cara legal, amigo de um amigo, não seria seu par ideal por ser três centímetros mais baixo do que ela. A forma como o curioso e indecifrável mundo feminino é abordado é que dá o tom da coisa e pouca gente se dá conta disso, eu acho.

Um recado ao meu amigo: te empresto minha coleção inteira e você tira as suas próprias conclusões. Viu?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Balancete

Bom, vejamos o resultado parcial do meu Balanço Geral:

-Envelheci cinco anos em um;

-Emagreci 15 kg;

-Paguei metade das infindáveis dívidas de velhos carnavais;

-Criei um Blog;

-Conheci poucas e boas pessoas;

-Ganhei um cunhado iluminado;

-Reencontrei amigos do peito;

-Conheci pessoalmente um grande amigo do Orkut;

-Vi que quem tem amigo não passa fome;

-Conheci a solidão verdadeira;

-A liberdade também;

-Aprendi muita coisa sem nem ter percebido;

-Menti;

-Fui enganada;

-Namorei muito pouco;

-Revirei muita cova do passado;

-Senti na pele as consequências;

-Aprendi a gostar de coisas diferentes;

-Vi meu cabelo crescer os mais de vinte centímetros que cortei num momento de autopunição;

-Continuo na luta. 

Três amigos tiveram um papel fundamental nessa minha nova etapa da vida: Dé, numa conversa que tivemos pelas ruas de Salvador, andando de moto; Dan, pelo MSN, numa tarde chuvosa de domingo, eu em Salvador, ele em Curitiba; e Aiuina, minha irmã de coração, que tão pacientemente ouviu meus lamentos e me apoiou quando decidi mudar pra valer.

É isso.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Who?

Crise, crise, crise. Não a financeira mundial. A minha, individual. Minha comigo mesma. Minha com meus amigos, que insistem em me tirar de casa nos finais de semana, sem sucesso. Minha com o meu passado, que volta e meia ronda o meu quintal. Minha com o meu presente, que está difícil, mas está mais real do que qualquer possibilidade de melhoras futuras. Minha com o meu futuro, já com a agenda lotada de coisas to do, to change, to forget, to remember. Quem salva a gente numa hora dessas?