sexta-feira, 25 de março de 2011

Vovô se foi ontem, depois de ter passado mal na tarde do dia anterior. Tinha 90 anos e todo dia dizia que não ia amanhecer vivo. Apesar de ser meio doidinho, era lúcido e dava uma aula, no mínimo peculiar, sobre o descobrimento do Brasil. Quando morava no interior, era pedreiro de dia e pescador à noite, o que lhe rendeu profundos conhecimentos sobre construção e previsão do tempo. Não era muito chegado a certos chamegos, mas era só a gente pegar ele de jeito que amansava. Enfim, era uma figura, que agora vai descansar, quem sabe, perto de Vovó. Na foto, no último Natal, meio zangado com a bagunça.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Um só, graças a Deus

Acho gozado quem encontrou Jesus, depois de muita asneira que fez na vida, e agora querer catequizar o resto da humanidade. Pior é dizer que o Jesus dela é diferente do meu e me convidar, insistentemente, para freqüentar a sua igreja. Fora os salmos diários mandados por SMS. Ainda bem que o nosso Jesus é muito maior que tudo isso, né?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cinzas


Eu sei que o meu primeiro baile de carnaval foi aos 4 anos, no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, na Av. Dendezeiros, fantasiada de baiana, fantasia esta totalmente confeccionada por Mainha. Aliás, todo ano era a mesma história: qual seria a minha fantasia de carnaval. 

Eu morria de vontade de sair de Mulher Maravilha ou de odalisca, já me via vestida naquelas fantasias bem fuleirinhas que já vinham prontas nas Americanas. Vá explicar isso pra Mainha? Ela mesma é quem tinha que conceber a idéia da fantasia, comprar pessoalmente os aviamentos e costurar. E depois, é claro, ouvir os elogios. De todos, menos de mim. 

Eu queria mesmo era a bendita Mulher Maravilha das Americanas. Mas o meu lado diplomático falava mais alto nessa época e nunca protestei sobre isso. Se eu contar que até hoje me dá uma coisa quando vejo essa fantasia, alguém acredita???