domingo, 5 de setembro de 2010

Hora do recreio

Pra que serve mesmo uma coleção? Eu já colecionei sabonetes de hotel, canetas de propaganda, guardanapos personalizados, tartarugas. Todas essas manias começavam meio que sem querer, tornavam-se públicas e todo mundo acabava entrando na brincadeira. 

Tinha um colega de faculdade que toda segunda-feira me dava um sabonetinho ou uma caneta, fruto do seu domingo em uma das mansões do Del Rey, do Playboy, do Hollywood. E eu sempre protestando, dizendo que deveriam ser de hotel com H e não com M - e ele rindo da minha cara de pastel. 

Com as tartarugas, as pessoas encontraram uma forma fácil e barata de me presentear: de alemã a sergipana, feitas de plástico ou esmeralda, minha estante já comportou mais de cem. Quando aquilo não significava mais nada pra mim, minha mãe herdou a galerinha e eu achei que era uma tremenda de uma perda de tempo ficar juntando coisa sem sentido, dando trabalho na hora de limpar as prateleiras. 

O tempo passou e eu acreditei piamente que a minha fase de desequilíbrio mental já estivesse morta e enterrada. Ledo engano... foi só me deparar com uma papelaria linda, cheia de coisas fofas que não resisti a esses lapitchos em forma de bichinhos. Além de enfeitarem a mesa do trabalho, são um charme e fazem o maior sucesso quando eu os saco da bolsa. Porque sim, eu tenho problemas com lápis, lapiseiras, cadernos e cadernetas. E sim, já estou viciada. 

Na foto, falta o urso panda. Dá pra resistir?