sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Deus existe


terça-feira, 26 de agosto de 2008

The office

Colega 1: -Cynthia, que risada estranha é essa? 

Colega 2: -Menina, você não está bem hoje! 

Colega 3 -Tem alguma coisa diferente no seu cabelo...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

...


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Só meu

É claro que toda sala de aula tem um menino fofo, inteligente e que é cobiçado por todas. É claro também que o correspondente feminino existe e que nos deixa com a autoestima na lama. O mais engraçado é a competição pública que se faz em torno das beldades, que deitam e rolam em cima da situação.

Na minha terceira série todas as meninas eram loucas, alucinadas, dariam um braço por Carlos Bronson. Sim, o nome dele era esse, fruto de homenagens e aportuguesamento paternais. Ele era o mais alto, o mais educado, o queridinho até da professora. Na hora do recreio, íamos todas assistir o futebol dos meninos da quarta série, já que ele era goleiro de lá. Ficávamos todas fingindo que estávamos brincando com nossas Bebezinhos, ou que estávamos tentando aprender a última música do Menudo.

Depois do jogo, a briga era para ver quem chegava primeiro ao bebedouro onde Carlos Bronson se recuperava de mais uma exaustiva partida debaixo de todo o sol das três da tarde. Ficávamos na fila e quando ele chegava, o silêncio era absoluto, pois ninguém queria fazer feio diante do nosso Deus Grego.

Chegou maio e, com ele, os ensaios para a quadrilha de São João. Pela estatura, a minha querida professora escolheu Carlos Bronson para ser o meu par. Nem preciso dizer que o meu ar de vitoriosa foi algo gritante e que adorei ter que repetir a coreografia umas quatro vezes seguidas...

Na véspera da apresentação, fui parar no médico com uma febre repentina, logo diagnosticada como sendo emocional pelo meu adorável pediatra, Dr. Aderbal. No dia seguinte, mesmo com a febre insistindo em não baixar, fui à festa e até fui coroada Rainha do Milho, através de votação masculina da minha classe e com o meu amado Carlos Bronson como parte do júri.

Foi a primeira vez em que perdi o sono pensando em alguém...

Good news


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Inevitável

E eu 
Gostava tanto de você 
Gostava tanto de você...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

E quem não?

Se tinha uma coisa de que eu gostava muito quando criança era assistir o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Era fã de Emília e fiz minha mãe comprar um talco com a foto dela na embalagem. Era o meu pó de pirlimpimpim.

O meu ritual começava minutos antes do programa começar: pegava almofadas e me acomodava no sofá, com medo de perder a abertura e não poder acompanhar a música. Logo no primeiro intervalo, já gritava que queria sete bolachas quadradas, com manteiga nos dois lados. Traduzindo: biscoitos cream-cracker. Minha mãe, prontamente, me atendia e assim eu ia me abastecendo até a última parte.

Já me imaginava naquele mundo colorido, cheio de aventuras, onde tudo tinha vida, tinha graça. Achava a Cuca divertida e não sabia se ela era um jacaré ou um dinossauro. Queria que o meu quarto fosse igual ao de Narizinho, com uma espécie de banquinho embaixo da janela, onde Emília costumava filosofar. Tinha uma cortininha e uma penteadeira muito charmosas também. Nem me importava quando minha mãe me enfeitava com toda sorte de babados, laçarotes e mangas bufantes, pois assim eu ficava mais próxima do meu sítio particular.

Em 2002 tive a honra de visitar o cenário que inspirou Monteiro Lobato a ser o grande contador de histórias de gerações. Claro que o verdadeiro sítio não é glamuroso como o da Globo, mas é tão aconchegante quanto. Dá até pra perceber uma movimentação estranha nos arbustos enquanto caminhamos...

Você quis dizer: "opressão habitual"

A filha da faxineira daqui de casa me deixou realmente com muitas dúvidas, hoje! curioso, aliás, como um certo remorso social fez alguns adotarem eufemismos cada vez mais ridículos para "empregada doméstica"... de ajudante passou a ser secretária, chegando até a gerente. Logo haverá, a seguir assim a coisa, diretoras domésticas, talvez superintendentes de saneamento e coordenação doméstica... quer-se com isso, pelo jeito, conferir uma dignidade profissional a quem, na verdade, já a tem, embora ela seja negada precisamente - em atos - pelas pessoas que usam essa linguagem. Mas enfim, Elizângela, secundarista, pediu-me ajuda para uma pesquisa sobre Elba.
- A ilha?
- Não sei, a professora não disse.
- Professora de quê?
- Geografia.
Se fosse História, decerto teria alguma coisa a ver com Napoleão e suas férias forçadas. Sendo Geografia, podia ser ou o rio ou a ilha.
- Mas ela não disse nada?
- Não. Só disse que é pra procurar na internet.
Quando eu era criança e o computador era ficção científica, a gente sempre via aqueles desenhos em que alguém perguntava: "Computador, informe-me sobre esta corrente no vácuo transverso!" E a máquina respondia na lata, porque sabia tudo. Depois que pcs viraram eletrodomésticos, passamos a rir dessas lembranças, mas eis que agora Google e Wikipedia fazem da ficção uma premonição realizada (...como a ilha de Elba não serve pra nada, é mais provável que seja o rio...) . A diferença é que, nos desenhos e filmes de antigamente, o conhecimento procurado era da mais alta importância e quem pesquisava sabia muito bem do que se tratava a tal corrente.
A inclusão digital, assunto de interesse dos bem-intencionados estatais e particulares, talvez seja mais um eufemismo, e tão enganador quanto aqueles(... lembro que, na escola primária, quando copiávamos malandramente a resposta a uma questão, a dona Venina sentenciava: vocês estão enganando a vocês mesmos...)
O Orkut, pelo menos, deve ganhar com isso. Se bem que já imagino um Deivisson mandando um pedido de "add" a uma Carol, dessas que só vão ao dentista pra fazer limpeza, e sendo sumariamente ignorado.
- Pô... eu podia tá passando vírus em porta de comunidade, roubando perfil e tal... mas eu prefiro pedir... aceita aí, vai, na moral...
(A.S.)

Mainha

Meu Aniversário
Nando Reis


Mãe

O amor que eu tenho por você é seu

Mãe

O amor que eu tenho por você é seu

Como é seu o meu aniversário

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Like a Virgin


Sei não, moço

Por que você não estuda pra concurso? Por que você não vai tentar a vida em outro país? Por que você não teve filho? Por que você trocou Salvador por São Paulo? Por que você não sai mais nos finais de semana?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Single-lar


Hoje é o Dia dos Solteiros. Dos desacompanhados. Dos avulsos. Dos que vão ao cinema sozinhos. Dos que viajam sozinhos. Dos que assistem DVD sozinhos. Dos que passam os finais de semana sozinhos. Dos que não trocam presentes no Dia dos Namorados. Dos que não se importam se o celular está funcionando ou não. Dos que não têm pesadelos com a pessoa amada desaparecendo do mapa...
Meu Deus!!! Hoje é o meu dia!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tomara

"Você vai ficar tranqüilo ao perceber que a realização de seus objetivos e ambições depende de manter o foco e trabalhar a favor de si mesmo. Uma pessoa virá em seu auxílio, fique atento, e não perca a chance, pois hoje é um dia em que o comum se conjuga com o original, mas tudo a seu favor. Siga firme! "
(Horóscopo - Uol)

Papo Cabeça

-O que foi, Cyn? 

-Tava olhando esse hidrante aí, atrás de você...vou até tirar uma foto dele...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como uma Fendi falsa

Quem me conhece sabe que não compro absolutamente nada falsificado. Jamais gastei fortunas com réplicas de roupas ou acessórios de marca por questões ideológicas e de bom senso. Além de ser contra tudo o que está por trás do que alimenta o submundo da falsificação, não tenho cara de quem tem dinheiro para comprar uma Louis Vuitton verdadeira. Well, anyway...

Em um dos episódios de Sex and the City do finalzinho da quarta temporada, Charlote, a romântica e sonhadora do quarteto, decepcionada com os rumos do seu casamento recente, pega o primeiro vôo para a caliente Los Angeles a fim de encontrar as espevitadas e inseparáveis amigas.

Tenta manter as aparências o quanto pode, até que desanda a chorar quando faz um paralelo entre a sua vida e a bolsa Fendi falsificada que Samantha acabara de adquirir: perfeita para quem não soubesse a sua origem e custando um décimo do valor, mas mal feita por dentro.

Quantas pessoas têm a lucidez e a coragem de admitir que o seu relacionamento é uma Fendi falsa? De que adianta mostrar algo que não se vive se toda vez que as luzes se apagam os “compradores” da famosa bolsa sabem exatamente a sua origem? Será que vale a pena perder tempo de uma vida que, até onde se sabe, é única, com namoros, noivados e casamentos afundados? Think about.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Don´t cry for me

Fui logo pedindo ao taxista que abaixasse o volume do rádio, pois estava sendo ameaçada por um princípio de enxaqueca lancinante. Ele disse que não sabia se tinha enxaqueca ou sinusite, mas que a dor era forte e que sabia exatamente como eu estava me sentindo. Pelo meu sotaque, perguntou de onde eu era e começamos a conversar. Sempre tenho a impressão de que só a minha vida tem ares novelescos, cheia de coisas absurdas. Mas nem por isso deixo de ouvir as histórias dos outros, prestando atenção nos mínimos detalhes.

Esse moço, bonito por sinal, começou a me contar a sua sina: trabalhava numa grande empresa, ganhava bem para um rapaz solteiro e não aguentava mais ouvir a sua namorada, uma menina de dezesseis anos na época, dizer que não suportava morar com a mãe. Pediu demissão, comprou um táxi e levou-a para morar em sua casa. Ela engravidou em seguida. Disse que o que sentiam um pelo outro não era exatamente amor, mas a filhinha que acabara de nascer dava um sentido diferente às suas vidas.

Um belo dia, sua mulher chega e diz que precisava de um tempo para curtir a vida, já que tinha se casado muito cedo e que isso não estava certo. Continuaram morando próximos, para não prejudicar na educação da filha. Ele suportou quase dois anos vendo-a sair com as amigas e primas e voltando com o dia já claro. Tiveram uma recaída e ela engravidou de novo. Ela quer casar de papel passado, pois descobriu ser ele o homem da sua vida. Ele não quer mais, pois não sente mais nada por ela. Disse que virou um homem blindado e que nunca mais na vida vai levar mulher nenhuma a sério. Sai de vez em quando com outras meninas, mas nem chega a contar a sua história. Simplesmente desaparece no dia seguinte.

O que você está lendo?

Teve épocas em que eu achava melhor ler qualquer coisa a não ler nada. Sempre tive na leitura um hobby prazeroso, uma fuga da realidade, não necessariamente me preocupando com o além do que está escrito. 

Com o tempo e com um empurrãozinho de meu ex-marido, fui apresentada ao melhor da literatura internacional, até então um universo que só conhecia de longe e no escuro. Aprendi a gostar de coisa boa, profunda, atemporal.

Nessa onda de clássicos, coisa boa, etc. e tal, estou lendo o primeiro volume de As Mil e Uma Noites e, assim como o sultão Chahriar, minha curiosidade não deixa que eu passe um dia sequer sem ouvir os contos fantásticos de Cheherazade: eu me sinto Dinazarde, sempre alerta em acordar a condenada irmã antes do nascer do dia para que ela termine o conto da noite anterior.

Para quem não leu, é uma criança grande como eu e gosta tanto de leitura a ponto de encarar dois volumes com mais de quinhentas páginas cada um, aqui vai a sugestão. É uma leitura fácil, que mostra a cultura árabe de uma forma diferente da que estamos acostumados a ver e que rende pelo menos alguns momentos de reflexão.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

One year later...


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Baby & Doll

Ao assistir a novela Selva de Pedra (exibição original, idos de 1970), minha mãe, que nem sonhava em conhecer o meu pai, ficou encantada com o nome que acabava de ouvir pela primeira vez: Cíntia. E olha que a personagem nem era protagonista da trama. Prometeu a si própria que assim se chamaria a sua primeira filha.

Passados uns três anos, casou e engravidou. Como trabalhava em uma famosa loja de departamentos na época e ultrassom para saber o sexo do bebê era luxo para poucos, começou a divulgar que tinha certeza de que esperava uma menina. Obviamente, começaram a rolar apostas de todo tipo: desde quem daria o primeiro par de brincos de ouro ou o primeiro biquíni até a primeira boneca, tudo era motivo para deixar a bichinha mais ansiosa.

Já com quase nove meses de gravidez, começaram a nascer os filhos de algumas conhecidas dela e todos eram meninos. Meu avô começou a dizer que “a lua tinha virado” e que era melhor ela se acostumar com a idéia de ter um Cíntio...

Foi lançada uma boneca Cynthia e um dos colegas de minha angustiada mãezinha, que até então não tinha se pronunciado em relação ao que ele apostaria se a intuição dela estivesse certa, disse que o presente dele seria a mais nova sensação da Estrela.

Março de 1975, véspera da Semana Santa. Dores, inchaços, contrações, a hora estava chegando. Lá vai a pobrezinha me colocar no mundo. Segundo ela, quando o médico disse: “É uma menina, Calmeci”, ela nem se surpreendeu, pois já sabia disso desde os primeiros momentos de gestação.

Com o ar de vitoriosa, começou a receber as primeiras visitas e, com elas, os presentes prometidos. Meu pai, que não queria ficar por baixo nessa história, ao ver que na caixa "Cíntia" estava grafada com Y e TH, não se fez de rogado: levou-a até o cartório e disse que queria o nome da filha dele igual ao da boneca.

Essa pequena travessura do meu querido paizinho me trouxe pelo menos dois benefícios: o primeiro deles ainda no processo de alfabetização, onde fui tomada por uma incrível confusão já que não entendia o porquê do meu nome ser escrito de forma incomum e com uma letra que eu não sabia pronunciar. O segundo e mais duradouro: minha vida ser um eterno “Soletrando”...

Um dia ela chega


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Top Secret

É engraçado como certas manias da gente começam a ficar públicas sem nos darmos conta. Eu tenho mania de controle e, toda vez que almoço ou vou à padaria, peço sempre uma caneta para anotar o saldo restante no meu VR. É mania mesmo, pois eu sei exatamente quanto devo gastar por dia.

Semana passada, fiquei surpresa ao ser abordada pelo caixa do restaurante: “E a caneta, Cynthia?”. Estava tão distraída com alguma coisa que passava na TV do buffet que já ia deixando minha marca registrada de lado...

No mesmo dia, já na padaria, comprando os meus suprimentos de Toddynhos & Cia., me distraí com a animação do pessoal de uma das mesas e a atendente me cutucou: “Não vai anotar hoje, Cynthia?”. Será o Benedito que nem mania mais a gente pode ter em segredo?

terça-feira, 5 de agosto de 2008