terça-feira, 19 de agosto de 2008

E quem não?

Se tinha uma coisa de que eu gostava muito quando criança era assistir o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Era fã de Emília e fiz minha mãe comprar um talco com a foto dela na embalagem. Era o meu pó de pirlimpimpim.

O meu ritual começava minutos antes do programa começar: pegava almofadas e me acomodava no sofá, com medo de perder a abertura e não poder acompanhar a música. Logo no primeiro intervalo, já gritava que queria sete bolachas quadradas, com manteiga nos dois lados. Traduzindo: biscoitos cream-cracker. Minha mãe, prontamente, me atendia e assim eu ia me abastecendo até a última parte.

Já me imaginava naquele mundo colorido, cheio de aventuras, onde tudo tinha vida, tinha graça. Achava a Cuca divertida e não sabia se ela era um jacaré ou um dinossauro. Queria que o meu quarto fosse igual ao de Narizinho, com uma espécie de banquinho embaixo da janela, onde Emília costumava filosofar. Tinha uma cortininha e uma penteadeira muito charmosas também. Nem me importava quando minha mãe me enfeitava com toda sorte de babados, laçarotes e mangas bufantes, pois assim eu ficava mais próxima do meu sítio particular.

Em 2002 tive a honra de visitar o cenário que inspirou Monteiro Lobato a ser o grande contador de histórias de gerações. Claro que o verdadeiro sítio não é glamuroso como o da Globo, mas é tão aconchegante quanto. Dá até pra perceber uma movimentação estranha nos arbustos enquanto caminhamos...

3 comentários:

Francisco Castro disse...

Olá gostei muito do seu blog.

Parabéns!

Um abraço

Anônimo disse...

Eu tambem assistia comendo!!! soh que era biscoito recheado e eu separava p/ comer o recheio primeiro...rsrsrsobrigada p me lembrar disso!!

Cosa Uneca disse...

Pois é...e quem não? ;)