Teve épocas em que eu achava melhor ler qualquer coisa a não ler nada. Sempre tive na leitura um hobby prazeroso, uma fuga da realidade, não necessariamente me preocupando com o além do que está escrito.
Com o tempo e com um empurrãozinho de meu ex-marido, fui apresentada ao melhor da literatura internacional, até então um universo que só conhecia de longe e no escuro. Aprendi a gostar de coisa boa, profunda, atemporal.
Nessa onda de clássicos, coisa boa, etc. e tal, estou lendo o primeiro volume de As Mil e Uma Noites e, assim como o sultão Chahriar, minha curiosidade não deixa que eu passe um dia sequer sem ouvir os contos fantásticos de Cheherazade: eu me sinto Dinazarde, sempre alerta em acordar a condenada irmã antes do nascer do dia para que ela termine o conto da noite anterior.
Para quem não leu, é uma criança grande como eu e gosta tanto de leitura a ponto de encarar dois volumes com mais de quinhentas páginas cada um, aqui vai a sugestão. É uma leitura fácil, que mostra a cultura árabe de uma forma diferente da que estamos acostumados a ver e que rende pelo menos alguns momentos de reflexão.
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