quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como uma Fendi falsa

Quem me conhece sabe que não compro absolutamente nada falsificado. Jamais gastei fortunas com réplicas de roupas ou acessórios de marca por questões ideológicas e de bom senso. Além de ser contra tudo o que está por trás do que alimenta o submundo da falsificação, não tenho cara de quem tem dinheiro para comprar uma Louis Vuitton verdadeira. Well, anyway...

Em um dos episódios de Sex and the City do finalzinho da quarta temporada, Charlote, a romântica e sonhadora do quarteto, decepcionada com os rumos do seu casamento recente, pega o primeiro vôo para a caliente Los Angeles a fim de encontrar as espevitadas e inseparáveis amigas.

Tenta manter as aparências o quanto pode, até que desanda a chorar quando faz um paralelo entre a sua vida e a bolsa Fendi falsificada que Samantha acabara de adquirir: perfeita para quem não soubesse a sua origem e custando um décimo do valor, mas mal feita por dentro.

Quantas pessoas têm a lucidez e a coragem de admitir que o seu relacionamento é uma Fendi falsa? De que adianta mostrar algo que não se vive se toda vez que as luzes se apagam os “compradores” da famosa bolsa sabem exatamente a sua origem? Será que vale a pena perder tempo de uma vida que, até onde se sabe, é única, com namoros, noivados e casamentos afundados? Think about.

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