sexta-feira, 18 de julho de 2008

A bobagem alheia

Pelo menos comigo é assim: toda vez que penso em fazer ou dizer alguma coisa diferente do convencional, acho que vou fazer papel de tola. Já teve épocas de eu simplesmente ficar muda em sala de aula, diante de algum debate mais polêmico, por achar que o que falasse soaria como ridículo. E não é que ia sempre um CDF e falava exatamente o que eu estava imaginando? Mas eles podiam, eu imaginava. Afinal, CDF tem seus momentos de descanso também.

Recentemente, fui convidada a fazer parte de uma pesquisa de opinião. Fiquei meio receosa, já que os entrevistados tinham os currículos infinitamente mais gabaritados do que o meu, mas resolvi encarar. Jurei pra mim mesma que ia fazer o contrário de tudo que tinha feito na minha época de estudante. Decidi que falaria absolutamente tudo o que desse na telha. Ia me entregar ao jogo como as crianças fazem. Falaria bobagens e aprenderia com as alheias. E não é que gostei da experiência?

Primeiro, quando levantei algumas questões no grupo, vi estampado na cara de alguns engravatados de multinacional (e olha que eram de diretores em diante) a mesma decepção que eu sentia quando era estudante. Um até me confessou ao pé do ouvido: “Era exatamente o que eu ia falar!”. Acho que ele não entendeu quando respondi com um olhar sei-exatamente-o-que-você-está-passando. Segundo, não custa nada sermos nós mesmos. É fácil sustentar os argumentos e se eles não forem aceitos, é porque somos diferentes mesmo. Terceiro: ver uma alta executiva da área financeira gaguejando, não tem preço...

2 comentários:

Flávia e Ponto disse...

Eu nunca te subestimei!!
Adoreiiii!!!

BeijoO!!
Xu

Cosa Uneca disse...

Ai, meu Deus!!!Uma fã assumida!!!