terça-feira, 29 de julho de 2008

Simples assim

Por ser uma pessoa eclética, mais por natureza do que por escolha, tenho alguns gostos que podem parecer antagônicos aos mais desavisados. Às vezes soam até como excentricidade. Já citei aqui a miscelânea de artistas que eu comecei a admirar na infância e que até hoje continuam sendo meus ídolos, se é que sou o que se espera de uma fã que se preze.

Quantas vezes fiz cara de parede ao ser interrogada sobre qual era o meu estilo musical preferido? E sobre filmes? Livros, então, nem se fala. Certa vez, diante da quantidade de loucuras que fiz ao ciceronear uma desconhecida em Salvador, amiga de um amigo meu, um outro amigo me definiu com uma frase: “Cynthia, você é um camaleão”. Disse que não conseguia entender como eu podia sair de um show de axé no Pelô, tomar cravinho, falar mal da Vivara, debater sobre espiritismo, falar bem da Ford, tomar caipirinha e falar sobre Kafka, tudo isso com a cara mais deslavada do mundo. Até hoje fico em dúvida se isso foi uma crítica ou um elogio...

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