quinta-feira, 18 de março de 2010

Malandragem, dá um tempo

Um amigo do meu pai disse que quando ganhasse na Mega Sena teria o prazer de pegar um transatlântico super luxuoso, encher de muita comida e bebida de primeira, convidar todos os pobres que conhecia, soltar em alto mar e detonar uma bomba.

Eu já tive vontade de fazer a mesma coisa, só que com detalhes um pouco diferentes: no lugar do navio eu escolheria um trem desgovernado e no lugar de pobre eu colocaria gente folgada. Faria uma limpeza ao meu redor de gente que tem a incrível capacidade de ficar fiado no outro, seja pra morar, pra comer ou, em casos de extrema cara-de-pau, para fazer farra.

Olha, eu gosto muito de coisa boa. Muito mesmo. Já tive grana nessa vida e soube aproveitar cada centavo comendo, vestindo e morando bem. Mas fali e soube me adaptar rapidinho à nova situação. O gosto por coisas de primeira existe, mas a vontade de juntar dinheiro também. E se quero voltar a ter muito conforto, tenho que sacrificar alguns pequenos prazeres no momento.

E não é que 95% da humanidade parece pensar diferente? Tipo “já tive grana uma vez e ninguém apaga isso de mim” e continua na esbórnia, bem no estilo "viver de aparências", comendo ovo e arrotando caviar. 

Seja feliz, meu caro. Mas não mexe no meu bolso não que eu viro fera. Mexe não.

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