Senhor, dai-me paciência.
Avisa pro povo que pega metrô que não se deve ficar parado na porta atrapalhando quem quer entrar ou sair.
Avisa para os que conseguem entrar que é falta de educação fazer certas coisas em ambientes fechados, lotados e abafados.
Avisa também que pedir para segurar a mochila ou pasta de alguém, não tira pedaço.
Mostra praquela peruinha que ninguém é obrigado a ouvir sua conversa pelo celular e muito menos saber que ela precisa trocar o DIU semana que vem.
Fala praquele espertão engravatado que segurar a porta, além de perigoso, atrasa a vida de todo o sistema, conforme apelos insistentes do pobre maquinista.
Não esqueça também de dizer praquela senhorinha fofa que foi na 25 bater perna que o lugar destinado a ela, por lei, é o de cor azul e se estou no marrom, fico isenta dos seus olhares indignados e indiretas infames.
Diz praquela japa de um metro e quarenta e um que se nem ela tem culpa por não poder se segurar direito por não alcançar o ferro do teto, quem dirá eu – pede pra ela parar de me cotovelar a cada freada do trem.
Diz praquela caloura em enfermagem que o lado esquerdo das escadas rolantes são para as pessoas com pressa e não para ela ficar mais à vontade enquanto ouve música no seu Ipod.
E, muito importante isso, dá um puxão de orelha no casalzinho que não se decide se é pra agora ou se embrulha pra viagem.
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