Tive a minha primeira crise existencial aos dez, onze anos, se não me engano. Estava de férias em Camaçari, era noite e estavam todos conversando e rindo alto na varanda de casa, enquanto eu passava apuros em um dos quartos - tive uma espécie de black-out e passei a não reconhecer as minhas mãos, o meu nome, a minha voz.
O negócio foi meio punk e custou a passar – fiquei alguns dias nessa neura, mas depois esqueci.
Há um mês essa maluquice voltou a me importunar. Desta vez fui mais esperta e comecei a abrir o jogo com a galera que me rodeia – vai que acordo com amnésia e o povo não acredita? Falei também pro médico que me acompanha há quase dois anos. Ele ficou desconfiado de umas coisas e mandou eu fazer uma batelada de exames, incluindo ressonância e mapeamento cerebral.
Ainda bem que não tenho mais medo de ter problemas, de falar de problemas, de parecer ser um E.T. Algumas esquisitices minhas são até personalizadas - um luxo para poucos, sem sombra de dúvida. Não fico mais remoendo, imaginando, teorizando coisas.
Imagina eu com 40...
Um comentário:
Amiga,
De louco todo mundo tem um pouco, então não estresse, viva! Beijo grande e saudades!
Helene
Postar um comentário