quinta-feira, 15 de abril de 2010

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Quando a gente começa a trabalhar com a cuca, passa a enxergar o trabalho braçal como descanso. Não quero tirar nenhuma onda de intelectual, até porque trabalho com tecnologia. Também não sou nenhuma geek - pelo menos ainda. Mas como o raciocínio lógico tem me consumido pelo menos oito horas por dia, chego em casa doida pra lavar prato, botar roupa na máquina, fazer sopa. E é assim que começo a me desligar do dia corrido e das responsabilidades que venho recebendo gradativamente no meu novo trabalho.

Nunca imaginei que um dia fosse me embaraçar no ramo de TI. Logo eu, ciências humanas na cara e no sangue, falante e que gosta de ver gente, passo os dias numa sala com mais 23 colegas – todos homens e concentrados - tentando encontrar soluções para os problemas dos aflitos e exigentes clientes. No começo era tanta novidade que tive que me segurar para não virar secretária da marmanjada: se o telefone tocava mais de duas vezes eu já puxava a ligação; se chegasse no banheiro e o papel estivesse no fim eu já ia em busca de um pacote novo e por aí vai.

Enfim, a lua-de-mel ainda não acabou e estou curtindo cada segundo dela. Como não fazia há muito tempo. Muito mesmo.

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