terça-feira, 12 de abril de 2011

Prefiro as máquinas

Ou você confia em mim ou não confia. Quer me deixar p da vida? Me pergunte uma coisa, faça de conta que aceitou a resposta e depois pergunte a mesmíssima coisa pra outra pessoa. 

Eu tinha uma colega de trabalho que vivia me pedindo ajuda nos exercícios de inglês. Até um dia que descobri que ela, depois de ouvir a minha explicação, perguntava a outro colega nosso também. Só descobrimos quando ele, na dúvida sobre a utilização de um verbo, me perguntou e acabamos desmascarando a danada. 

Meu pai tem essa mania quando o assunto é a sua nova paixão, informática. Vem, me pergunta como faz isso ou aquilo, eu viro as costas ele pergunta pra minha irmã ou pro meu cunhado. Se não confia, pra quê me encher o saco? E olha que quando eu não tenho certeza eu pesquiso, na maior consideração com a pessoa que confiou em mim. 

Hoje foi um consultor: me mandou um e-mail do tamanho do mundo pedindo pra eu confirmar por escrito o que tínhamos conversado ontem por telefone. Segundo ele, precisava de maior precisão na informação – perguntou até se eu tinha certeza do que tinha dito antes. Atendi o seu pedido e fiz um texto muito lindo, repetindo cada palavra das instruções que lhe dei um dia antes. O que eu recebo agora? Um e-mail do gerente dele, destinado ao desenvolvedor do software daqui da empresa, pedindo que ele diga o que é realmente correto. 

Por que a humanidade é tão tosca?

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