segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mil novecentos e bolinha

Como a nossa vida hoje em dia é fácil, né? Celular, Skype, You Tube, notebook, MSN, câmeras a preço de banana que ainda por cima filmam, blábláblá. 

E pensar que: 
- Fiquei boquiaberta quando, lá pelos idos de 1986, ouvi dos meus colegas de sala mais abonados a primeira menção ao vídeo cassete. Eles contavam, tirando muita onda, que nem precisavam ficar até não sei que horas acordados pra assistir ao TV Pirata - era só deixar uma fita lá gravando e no dia seguinte assistiriam na hora que quisessem. Um deles foi até mais além, dizendo que o pai era perfeccionista e gravava os programas sem os comerciais. Achei aquilo o máximo da modernidade e do chiquê; 

- O pobre do meu primeiro namorado, todo santo dia à noite, ia até um orelhão próximo à sua casa, com uma cartela de fichas na mão, esperava não sei quanto tempo na fila, só pra me ligar e dizer um oi. Telefone era para poucos e nem eu mesma tinha, usando o de uma tia que morava perto pra receber as chamadas diárias, no mesmo bat horário; 

- Apesar de ter conhecido um grande amigo italiano num chat do falecido Zaz, era por carta que nos correspondíamos, já que eu não tinha computador em casa e não existia lan house. Aliás, a amizade com minha outra grande amiga Helene foi mantida na base do correio e alguns telefonemas aos domingos, sempre no horário mais barato, lá pelas tantas da noite; 

- Inúmeras fotos de passeios inesquecíveis tiveram que ficar só na lembrança, porque o filme da máquina queimou; 

– Não dava pra levar o LP que a gente mais gostava pra viagem de férias porque era grande, desengonçado, capa molenga, quebrava e arranhava fácil fácil. 

E como lembrar disso tudo me dá uma coceira danada, paro os exemplos por aqui. A gente era INFELIZ e não sabia.

2 comentários:

Unknown disse...

Oiiii!!!!


Amei ter me incluído nessa! O mais legal é que comecei a ler e lembrei das nossas correspondências e telefonemas de domingo e aí quando vejo c citou exatamente o que haia lembrado. Foi ótimo! c fez me lembrar o presente que deu ao Sergio no Natal. Um scanner de fotos impressas, negativos e slides para transformá-los em digitais. Aquelas fotos antigas e os negativos agora estao sendo digitalizadas, pode? Em breve te mando o tel da minha mae pelo e-mail. Pena que não [poderemos nos ver.... Beijo grande!!!!

Cecília Gomes disse...

uhauhauhauhau
Que bobos que nós eramos, não?rsrsrs