A super babá tem cara de poucos amigos, ou melhor, de governanta de internato suíço da década de 80. O seu objetivo é ensinar pais descontrolados a adestrarem seus pequenos capetinhas, com direito a frases prontas e atitudes idem. E, claro, recompensas, muitas, inúmeras, coloridas, sonoras, toda vez que alguém dá uma dentro.
Não sou nenhuma doutora em psicopedagogia, mas quem não sabe que a mistura mães neuróticas versus pais ausentes é mais do que explosiva? O que essa galera pensa antes de ter filho? Mais de uma vez ouvi mães descabeladas dizerem que o problema estava nos pimpolhos que, provavelmente, vieram com algum defeito de fabricação ou algo parecido.
E as caras de susto quando ouvem da hiper babá que quem tem responsabilidade sobre as crianças são os pais e não o contrário? Tudo bem, não sou mãe, falar é fácil. Mas querer discutir quem nasceu primeiro é o fim, né?
E olha que estamos falando de famílias de classe média. Até hoje não vi nenhum favelado pedindo ajuda pra colocar oito filhos na coleira. Esses mandam carta, e não e-mail, pro Dia de Princesa.
Aí sim, um programa de utilidade pública. Satisfação garantida.
Um comentário:
Assino embaixo... é impressionante o estado "Didi Mocó" desses pais ante seus pimpolhos (cuma? daonde vim? quem sou eu?). Besitos, Aiuina
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