quinta-feira, 28 de maio de 2009

As grifes variam

E não é que às vezes me pego sentindo inveja de pessoas que trabalham com coisas simples? Sim, inveja de balconistas de lanchonete. De frentistas. De atendentes de locadora. Essas pessoas são felizes e talvez nem saibam. Sair da caverna tem um preço. E não é em real que a gente paga. Muito menos ganhamos em dólar.

O mais engraçado foi saber que outras pessoas tinham a mesma sensação que eu. Tenho uma amiga bem-sucedida profissionalmente, com o salário bem mais robusto que o meu, cuja inveja vai mais além: ela queria mesmo era se mudar pra um interior bem brabo, produzir o próprio alimento e não ter nem luz elétrica em casa. Isso mesmo: plantar, colher, criar galinha, tirar leite, essas coisas. Ela chegou até a dar uma pirada básica dia desses e mandou currículo candidatando-se à vaga de recepcionista em um cursinho preparatório para concursos. “Ah, Cyn, cansei”. E eu, fofa?

O que será que nos leva a ter esses ataques de querer regredir na vida? Será que responsabilidade necessariamente tem que vir acompanhada de estresse? Qual o segredo para evitar esses rompantes? Por que não mandei meu resumé para o anúncio dO MELHOR EMPREGO DO MUNDO?

2 comentários:

lilaemarcelo disse...

Cynthia, sinto a mesma coisa. Me pego pensando em como deve ser legal ter a única preocupação de bater um carimbo em papéis! Estou com sua amiga; não tem nada melhor do que a idéia de ir p roça. Só que, com o tempo, ia começar a pensar em como poderia melhorar a rentabilidade dos ovos das galinhas, arrumar um jeito melhro de divulgar o mel, os ovos, os doces. Iamos voltar ao stress!

Cosa Uneca disse...

E não é?
Beijo!